Giorgio a chegar e a cáfila da CS a salivar. Pára a viatura, abre o vidro e a malina concentrada no interior da mesma liberta-se, descontrolada, envolvendo aquela cambada de repórteres de meia-tigela.
Nauseados perante a eficácia anestesiante dos peidos e das bufas de Giorgio vacilam como zombies mas conseguem recuperar e estendem os seus microfones na direcção do dito cujo.
Giorgio não perde tempo e ferra uma chapada invisível naquela cambada, culpando a CS pela crise entre si e o seu treinador. Este é o momento em que mais uma vez a camelagem comunicacional baixa os culottes. Alça mais uma vez o pernil, saracoteia-se no assento, ferra as manápulas no volante e larga um bruto torpedo, três rasgadores e mais meia-dúzia de bufas assassinas…
- Contradita do Sérgio? Nããããã… nada disso… tem contrato até 2024, ele sabe que é para cumpri-lo… – observa, troçando.
Giorgio, continuando a gozar o panorama, aumenta o volume de som do rádio da viatura e pede silêncio…
- Chiuuuuuuu..., vai-se cantar o fado “ó tempo volta para trás” – diz ele com um ar sério.
Faz-se mais uma vez silêncio
durante cinco segundos. A música começa a tocar. Giorgio cerra momentaneamente
os olhos, ri-se, levanta dois centímetros a bochecha nadegueira direita e com um esgar de esforço manda mais duas bojardas rasteiras, abalando em definitivo.
Assim vai a vida naquele Olival a arder.
É o CANTO do CISNE, enquanto não chega o SARCÓFAGO...
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