segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Presidente, hoje só lhe levo meia-dúzia, ok?

 


[Carlos Carvalhal, treinador do Sporting, oferecia-se para levar encomendas ao presidente do FC Porto, Pinto da Costa, seu amigo de longa data.

notícia de 18 de Novembro de 2009]

 

[“Presidente, como está? Amanhã vou a Braga ver a família. Quantos pastéis quer que lhe leve?". Durante anos, Carlos Carvalhal e Pinto da Costa mantiveram uma estreita relação de amizade, ao ponto do agora técnico do Sporting fazer questão de ligar ao líder portista sempre que se deslocava a Braga, sua cidade natal, para ver a família. Motivo? Os pastéis de Belém.”]

[Vem de longe o gosto de Pinto da Costa pelo tradicional bolo da capital. Carvalhal foi escolhido como aliado durante as passagens pelo V. Setúbal (2003/04) e Belenenses (2004/05 e 2005/06).]

 

Esta hilariante introdução vem a propósito das fanfarronadas e da chico-espertice com que, durante esta semana, Carvalhal teve oportunidade de nos brindar. A sua conferência de imprensa antes do jogo foi um hino à sua habitual bazófia. Pior, muito pior do que aquilo que o mestre da táctica normalmente apresenta.

Carvalhal, que ninguém pode levar a mal, embandeirou em arco a sua previsível vitória na Luz contra o Benfica. Muito paleio fiado, muita verborreia, muito pretensiosismo balofo. Tivesse ele o mesmo comportamento quando joga contra o grémio do “seu presidente” ou contra o lagartêdo e a sua história poderia ser outra. Mas assim não. Já sabemos, há muitos anos, que o Benfica é para si o diabo. Tanto assim, que escorando-se, alertou para o facto de sete dos seus jogadores estarem em risco pelas análises feitas à CK (enzima que ajuda a diagnosticar insuficiências ou transtornos musculares) e consequentemente, escondeu deliberadamente a convocatória para o jogo, não divulgando para a CS a respectiva lista. O que afinal se verificou posteriormente, foi que trocou única e simplesmente três jogadores para o alinhamento inicial da sua equipa contra o Benfica.

Mas hoje as contas saíram-lhe furadas. Apanhou seis, saindo acabrunhado e quedo da Luz. Assumiu a responsabilidade total pela derrota com justificações esfarrapadas de insuficiência física dos seus jogadores. Uma justificação vergonhosa. O que ele não esperava era um Benfica a explorar tão bem o contra-ataque. Nem esperava que Roman Yaremchuk ficasse de fora. O “mestre da táctica” trocou-lhe as voltas. Um banho de humildade de vez em quando faz sempre bem a estes fanfarrões anti-Benfica. Aconteceu que foram seis que levou no bornal. Poderiam ter sido sete, oito, nove, caso o Benfica tivesse mantido em campo os jogadores Darwin e surpreendentemente Everton. O Benfica tirou o pé do acelerador ao substituí-los.

Desta vez Carvalhal ficou a saber que só poderá levar meia-dúzia ao “seu presidente” na viagem de volta a Braga, com escala na Palermo portuguesa. Mas quer queiramos, quer não, estes “pastéis”, iguaizinhos aos que ele levava de Belém, foram bem confecionados na Luz…

Uns miminhos para o “seu presidente”, mas de digestão difícil.

Mas como é Carvalhal, ninguém pode mesmo levar a mal…

PS. Quero ver o que o “correio da merda” vai inventar esta semana para manter a “crise” no Benfica…

EUSEBIUS

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