BENÍDIOS – A ESPÉCIE PROLIFERA

19:00 horas de 30 de Novembro em Portugal, 22:00 no Catar. O árbitro apita para o início do Argentina-Polónia. Excepcionalmente deixo o som ligado da SIC, uma das estações onde o desafio está a ser transmitido em directo. Duas vozes dão seguimento ao jogo. Relatador e comentador. Absolutamente desnecessários. Bastaria o ruído da multidão a apoiar as duas selecções. Mas enfim…

Argentina desde o início a carregar e sempre nas imediações da grande área dos polacos em busca do golo. Só a vitória interessa aos sul-americanos não vá o diabo tecê-las. Nada está garantido para as duas selecções, mas a Polónia abdica do ataque. Só defende. Mais de 70% de posse de bola para os argentinos e sempre o perigo, bem como a iminência de golo a rondar a baliza de Szczesny.

O relatador com algum equilíbrio limita-se à sua função, assim-assim. Inversamente, o comentador está a asnear desde o princípio da transmissão, sendo notória a sua predilecção anti-Argentina. Com uma única equipa a jogar, chega à conclusão que os sul-americanos estão intranquilos, a jogar pouco, com os caminhos tapados (pudera! …os jogadores polacos amontoavam-se dentro da sua grande área aos oito de cada vez, mais o guarda-redes…), sempre num tom depreciativo, mas indicador da sua parcialidade e do seu desejo que aquilo desse num tango mal dançado…

Mas para este aselha de comentador a Polónia é que estava na mó de cima. Era óbvio que o apuramento da Argentina iria fazer-lhe sérias comichões.

Aquando do penalty sobre Messi - o guarda-redes polaco afinfou uma chapada involuntária ou não, no trombil do pequeno génio - começou a engasgar-se, denunciando a sua posição. Dizia a alimária que não era motivo para falta, muito menos para penalty. Imagino o seu alívio e o seu contentamento pelo falhanço de Messi e pela superior defesa do polaco.

O jogo continuava 0-0 e a Argentina não deixava de carregar.

Curiosamente, aguardei com toda a atenção alguma pista vinda do relatador que me indicasse o nome dessa proeminência cUmentadeira. E lá veio a triste novidade – o “benídio” da SIC era o Marco Caneira!

Tudo dito.

Veio a 2ª parte e com ela os golos da Argentina e a grande exibição de Enzo Fernández. O dito “benídio” engasgou, embuchou, encalacrou, cagou, tossiu e meteu a viola no saco.

Enfim, mais um benídio à solta que Charles Darwin felizmente não descobriu.

Como comentador não vale nem um peido. Como jogador foi a mesma merda. Lagartinices… e jogou este aselha, por empréstimo, um ano no Glorioso. Nem me quero lembrar disso…

Oremos…