Até onde chegou a parvoíce! Ontem, meteram a viola no saco e toca a jogar Félix para a fogueira das bruxas.
Mas como já é hábito, a quadrilha da Cofina - a própria A BOLA fê-lo no imediato e on line - lá vão continuar a esturricá-lo na grelha mas só em lume brando, não vá o SL Benfica recomprá-lo ao preço da uva mijona com a desvalorização que lhe fazem e lhe têm feito.
É assim. Há os heróis, segundo as sábias ratazanas do jornalismo desportivo, que não marcam um golo durante os jogos realizados e outros que defendem três e depois sofrem cinco. A seguir vêm os vilões, sempre vilões desde que, mesmo por uma só vez tenham envergado o Manto Sagrado, aquele manto vermelho que a corja da CS indígena tanto abomina.
Já António Silva foi metido no forno do vilipêndio. Também já ficou a saber que jogar pela selecção nacional e ser ao mesmo tempo jogador do SL Benfica e Benfiquista assumido tem custos muito elevados. Mas que fique descansado. Os adeptos Benfiquistas apoiá-lo-ão sempre. Nas horas más e nas horas boas. A corja jornalística indígena na sua cegueira a roçar o ódio anti-Benfica arriou-lhe forte e feio. Jamais esta filha da putice feita a um jovem de 20 anos com potencial e com uma cotação internacional já por si significativa, será esquecida. A estratégia, recorrente, desenvolvida por tentativas rasteiras e pelas mais variadas formas, posta em prática por todos os bernardecos desta vida para desvalorizar os activos Benfiquistas através dos órgãos de CS em papel ou em on line e de muitos outros mídia, nunca passará. Por mais vis que sejam as acções desta quadrilha ao serviço, especialmente, do grémio do lagartêdo.
A algazarra patrioteira, a euforia desmedida, alimentada por alguns megafones pretorianos de tempos recentes que ontem já se conseguiram ver através dos directos nas tv’s e por uma CS inebriada e bêbeda de ronaldices, terminou num fim de tarde-noite de desilusão com muito choro, baba e ranho à mistura. Do outro lado, Deschamps, Mbappé & Ciª saborearam, ainda que só por uma noite, “Coq au vin” acompanhado de Moët & Chandon bruto ou por um Bordeaux Reserva. Hoje, por cá, haverá pimentos e sardinha assada pelo Espalha-brasas e tinto carrascão, caldo verde azeitado com tora à moda do Soisa do rascord, feijoada PD da D. Dolores, enriquecida com tromba fresquinha, beiça cozida com todos à moda dos cUmentadeiros televisivos e radialistas e… saia um “Martini(ez)” gelado para a mesa do fundo.
Não se sabe mas é se haverá apetite e vontade para tudo isto. Pelas últimas notícias das revistas cor-de-rosa, as Aveiras perderam oito quilos cada uma com as crises de histerismo no Volksparkstadion de Hamburgo, a Gina sarcoteou-se toda e pirou-se sem uma foto para as redes sociais, o Tianinho após comer uma salsicha mal-amanhada sentou-se no penico com febre e soltura, enquanto os restantes maninhos andam fulos, às marradas ao Pikachu insuflável. O outro, o pino das Arábias, dos tomahawks para o País de Gales e para detrás das balizas, continua desaparecido em combate.
Pronto. O arraial acabou.
C'est fini e au revoir!
MAXIMUS VERMILLUS
Pior que o desempenho da equipa na prova, foi o desempenho da comunicação social desportiva.
ResponderEliminarÉ embaraçante para quem assiste às reportagens feitas a partir da Alemanha, junto da seleção.
As reportagens são tão básicas e de um provincianismo tão grande, que envergonham qualquer adolescente que sonhe com uma carreira no jornalismo.
Não havia jogo em que o estádio não estivesse cheio de gente que só comprou o bilhete para ter o sumo privilégio de ver o "deus" a esbracejar durante 90 ou 120 minutos.
Um endeusamento inexplicável, muito pior que há 10 anos atrás, quando o moço era realmente bom jogador e tinha capacidade para resolver um jogo.
Saber que essa quadrilha de lamba-botas vem toda recambiada para casa, compensa com vantagem qualquer tristeza com o resultado.
E o que dizer dos comentadeiros, ou paineleiros, nos estúdios, contratados às dúzias, para preencher os horários nos canais de "notícias"?
Autênticas meretrizes intelectuais. Habituados ao longo do ano a comentários enviesados em função da cor dos óculos com que vêm os jogos, não conseguem falar do desempenho dos jogadores da seleção sem olhar para o clube que representam. Às vezes nem é o clube que representam, é o clube onde cresceram e que abandonaram há anos.
Uma autêntica vergonha de pessoas sem vergonha nenhuma.
Incoerentes.
Ressabiados.
Desonestos.
E se em relação aos repórteres, nos resta a consolação de os ver com guia de marcha para casa, os paineleiros ainda continuarão a intoxicar as noites televisivas durante mais umas semanas.
Enfim, temos sempre a hipótese de os deixar a falar sozinhos.
Quase toda a carreira do Ronaldo foi construída em pressupostos alicerçados nas áreas do marketing e da propaganda. Claro que foi um ótimo jogador, mas não foi sequer o melhor jogador português, quanto mais o melhor da história! O mito foi-se construindo com base na popularidade, principalmente no instagram, com muitos seguidores que, porventura, nem gostam de futebol. Trata-se de uma identificação difícil de compreender para quem gosta realmente do jogo, seja por via dos clubes, seja pela seleção. A mãe, as irmãs, a mulher, os filhos, os iates, os carros, as casas, as roupas, as joias e o lifestyle fazem parte da idolatria, mas nada disto tem que ver, realmente, com o desempenho em campo, seja aquele extraordinário ou sofrível. Na verdade, Ronaldo há muito que entrou na esfera do star system, que até há pouco era reservado aos atores de Hollywood e a certos cantores Pop. E é este estrelato que o mantém a titular, não as suas atuais virtudes futebolísticas, nem sequer as de líder.
ResponderEliminarOs estrategas desta propaganda têm manipulado como entendem os números e a estatística, ocultando factos e desprezando os contextos. As comparações com outros jogadores são sempre manobradas: não ponderam as metodologias de treino, a sofisticação científica da medicina, os regulamentos (durante décadas não havia substituições, nem cartões, o que provocou um desgaste tremendo nos atletas, hoje algo impensável), as mutações geopolíticas da Europa (o fim da Jugoslávia e da União Soviética deram origem, com a exceção clara da Croácia, a países com seleções substancialmente mais fracas, algumas até irrelevantes), a visibilidade do futebol nos meios audiovisuais e o número bastante superior de jogos do futebol de hoje.
Tudo é mobilizado para a mitologia. Por exemplo, as 5 Ligas dos Campeões do Ronaldo, embora o Kroos tenha 6 e o Casimiro e o Isco 5. A conclusão é fácil de tirar, mas os ideólogos recusam-se a fazê-lo: para ganhar muito, basta estar no Real Madrid nos momentos certos. Já mais complexo é ganhar no Benfica ou no Ajax, o primeiro de um país que era então ultraperiférico, com problemas muito graves no plano da política externa, e o segundo proveniente de uma pequena nação, mas que foi capaz de construir um modelo de futebol que ficou na história nos Mundiais de 1974 e 1978.
Finalmente, o último reduto da ideologia, a conquista de 5 Bolas de Ouro. Alguém com uma réstia de honestidade acredita na fraude que foi a competição desenhada entre duas marcas, uma portuguesa e a outra argentina? Como é possível se terem ignorado jogadores que foram campeões do Mundo em 2010 e 2014? Comércio puro e duro, nada mais.