sábado, 6 de julho de 2024

DESAPARECIDO EM COMBATE


A vida tem destas coisas. Ironias do destino. Depois de um bando de mentecaptos fanáticos que se assumem como jornalistas terem colocado Diogo Costa no pedestal mais elevado do mundo futeboleiro cá do burgo, exaltando, numa espiral de paranóia as três defesas nos penaltys marcados e falhados por três cêpos eslovenos – um trolaró do record do bernardeco até chegou ao cúmulo de dizer que “Diogo Costa é o melhor guarda-redes português de todos os tempos” - o rapaz falhou as 5 defesas no desempate por penalidades contra a França.

Até onde chegou a parvoíce! Ontem, meteram a viola no saco e toca a jogar Félix para a fogueira das bruxas.

Mas como já é hábito, a quadrilha da Cofina - a própria A BOLA fê-lo no imediato e on line - lá vão continuar a esturricá-lo na grelha mas só em lume brando, não vá o SL Benfica recomprá-lo ao preço da uva mijona com a desvalorização que lhe fazem e lhe têm feito.

É assim. Há os heróis, segundo as sábias ratazanas do jornalismo desportivo, que não marcam um golo durante os jogos realizados e outros que defendem três e depois sofrem cinco. A seguir vêm os vilões, sempre vilões desde que, mesmo por uma só vez tenham envergado o Manto Sagrado, aquele manto vermelho que a corja da CS indígena tanto abomina.

Já António Silva foi metido no forno do vilipêndio. Também já ficou a saber que jogar pela selecção nacional e ser ao mesmo tempo jogador do SL Benfica e Benfiquista assumido tem custos muito elevados. Mas que fique descansado. Os adeptos Benfiquistas apoiá-lo-ão sempre. Nas horas más e nas horas boas. A corja jornalística indígena na sua cegueira a roçar o ódio anti-Benfica arriou-lhe forte e feio. Jamais esta filha da putice feita a um jovem de 20 anos com potencial e com uma cotação internacional já por si significativa, será esquecida. A estratégia, recorrente, desenvolvida por tentativas rasteiras e pelas mais variadas formas, posta em prática por todos os bernardecos desta vida para desvalorizar os activos Benfiquistas através dos órgãos de CS em papel ou em on line e de muitos outros mídia, nunca passará. Por mais vis que sejam as acções desta quadrilha ao serviço, especialmente, do grémio do lagartêdo.

A algazarra patrioteira, a euforia desmedida, alimentada por alguns megafones pretorianos de tempos recentes que ontem já se conseguiram ver através dos directos nas tv’s e por uma CS inebriada e bêbeda de ronaldices, terminou num fim de tarde-noite de desilusão com muito choro, baba e ranho à mistura. Do outro lado, Deschamps, Mbappé & Ciª saborearam, ainda que só por uma noite, “Coq au vin” acompanhado de Moët & Chandon bruto ou por um Bordeaux Reserva. Hoje, por cá, haverá pimentos e sardinha assada pelo Espalha-brasas e tinto carrascão, caldo verde azeitado com tora à moda do Soisa do rascord, feijoada PD da D. Dolores, enriquecida com tromba fresquinha, beiça cozida com todos à moda dos cUmentadeiros televisivos e radialistas e… saia um “Martini(ez)” gelado para a mesa do fundo.

Não se sabe mas é se haverá apetite e vontade para tudo isto. Pelas últimas notícias das revistas cor-de-rosa, as Aveiras perderam oito quilos cada uma com as crises de histerismo no Volksparkstadion de Hamburgo, a Gina sarcoteou-se toda e pirou-se sem uma foto para as redes sociais, o Tianinho após comer uma salsicha mal-amanhada sentou-se no penico com febre e soltura, enquanto os restantes maninhos andam fulos, às marradas ao Pikachu insuflável. O outro, o pino das Arábias, dos tomahawks para o País de Gales e para detrás das balizas, continua desaparecido em combate.

Pronto. O arraial acabou.

C'est fini e au revoir!

MAXIMUS VERMILLUS

2 comentários:

  1. Pior que o desempenho da equipa na prova, foi o desempenho da comunicação social desportiva.
    É embaraçante para quem assiste às reportagens feitas a partir da Alemanha, junto da seleção.
    As reportagens são tão básicas e de um provincianismo tão grande, que envergonham qualquer adolescente que sonhe com uma carreira no jornalismo.
    Não havia jogo em que o estádio não estivesse cheio de gente que só comprou o bilhete para ter o sumo privilégio de ver o "deus" a esbracejar durante 90 ou 120 minutos.
    Um endeusamento inexplicável, muito pior que há 10 anos atrás, quando o moço era realmente bom jogador e tinha capacidade para resolver um jogo.
    Saber que essa quadrilha de lamba-botas vem toda recambiada para casa, compensa com vantagem qualquer tristeza com o resultado.
    E o que dizer dos comentadeiros, ou paineleiros, nos estúdios, contratados às dúzias, para preencher os horários nos canais de "notícias"?
    Autênticas meretrizes intelectuais. Habituados ao longo do ano a comentários enviesados em função da cor dos óculos com que vêm os jogos, não conseguem falar do desempenho dos jogadores da seleção sem olhar para o clube que representam. Às vezes nem é o clube que representam, é o clube onde cresceram e que abandonaram há anos.
    Uma autêntica vergonha de pessoas sem vergonha nenhuma.
    Incoerentes.
    Ressabiados.
    Desonestos.
    E se em relação aos repórteres, nos resta a consolação de os ver com guia de marcha para casa, os paineleiros ainda continuarão a intoxicar as noites televisivas durante mais umas semanas.
    Enfim, temos sempre a hipótese de os deixar a falar sozinhos.

    ResponderEliminar
  2. Quase toda a carreira do Ronaldo foi construída em pressupostos alicerçados nas áreas do marketing e da propaganda. Claro que foi um ótimo jogador, mas não foi sequer o melhor jogador português, quanto mais o melhor da história! O mito foi-se construindo com base na popularidade, principalmente no instagram, com muitos seguidores que, porventura, nem gostam de futebol. Trata-se de uma identificação difícil de compreender para quem gosta realmente do jogo, seja por via dos clubes, seja pela seleção. A mãe, as irmãs, a mulher, os filhos, os iates, os carros, as casas, as roupas, as joias e o lifestyle fazem parte da idolatria, mas nada disto tem que ver, realmente, com o desempenho em campo, seja aquele extraordinário ou sofrível. Na verdade, Ronaldo há muito que entrou na esfera do star system, que até há pouco era reservado aos atores de Hollywood e a certos cantores Pop. E é este estrelato que o mantém a titular, não as suas atuais virtudes futebolísticas, nem sequer as de líder.
    Os estrategas desta propaganda têm manipulado como entendem os números e a estatística, ocultando factos e desprezando os contextos. As comparações com outros jogadores são sempre manobradas: não ponderam as metodologias de treino, a sofisticação científica da medicina, os regulamentos (durante décadas não havia substituições, nem cartões, o que provocou um desgaste tremendo nos atletas, hoje algo impensável), as mutações geopolíticas da Europa (o fim da Jugoslávia e da União Soviética deram origem, com a exceção clara da Croácia, a países com seleções substancialmente mais fracas, algumas até irrelevantes), a visibilidade do futebol nos meios audiovisuais e o número bastante superior de jogos do futebol de hoje.
    Tudo é mobilizado para a mitologia. Por exemplo, as 5 Ligas dos Campeões do Ronaldo, embora o Kroos tenha 6 e o Casimiro e o Isco 5. A conclusão é fácil de tirar, mas os ideólogos recusam-se a fazê-lo: para ganhar muito, basta estar no Real Madrid nos momentos certos. Já mais complexo é ganhar no Benfica ou no Ajax, o primeiro de um país que era então ultraperiférico, com problemas muito graves no plano da política externa, e o segundo proveniente de uma pequena nação, mas que foi capaz de construir um modelo de futebol que ficou na história nos Mundiais de 1974 e 1978.
    Finalmente, o último reduto da ideologia, a conquista de 5 Bolas de Ouro. Alguém com uma réstia de honestidade acredita na fraude que foi a competição desenhada entre duas marcas, uma portuguesa e a outra argentina? Como é possível se terem ignorado jogadores que foram campeões do Mundo em 2010 e 2014? Comércio puro e duro, nada mais.

    ResponderEliminar