António
Rola, a partir dos 56’ 50’’ no programa Chama
Imensa da BTV de ontem,
05/03/2019, descreve e comenta o triste episódio que envolveu o Benfiquista Gabriel
e Octávio e o consequente sururu
entre os elementos das duas equipas no clássico de sábado passado. Admitiu,
segundo uma aplicação muito rigorosa das leis do jogo por Jorge Sousa, o
vermelho exibido a Gabriel, e na sequência da tentativa de agressão e
consequente comportamento grosseiro de Octávio e da bofetada de Brahimi a Rúben
Dias, referiu que ambos os jogadores do fcporto
também deveriam ter sido expulsos:
- …Nos olhos de Jorge Sousa, o sr. Brahimi deu uma chapada
na cara de Rúben Dias…
- …Perante o que aconteceu ao minuto 78’, o que é que
deveria ter acontecido?
O Benfica ficava com menos o Gabriel com segundo amarelo e
o Porto sem o Octávio e o Brahimi com cartão vermelho directo…
Seguiram-se
momentos em que outros intervenientes no programa manifestaram desagrado pela
falta de coragem e desigualdade de critério de Jorge Sousa e que termina com
uma frase lapidar de António Rola:
- …Eu compreendo, porque se isto acontecesse (expulsão de
Octávio e Brahimi), o Jorge Sousa hoje, tinha de mudar de residência para
Espanha!
Rola,
ao proferir esta frase sabe bem do que fala. Nós também o sabemos. É falar em
condicionamentos, em ameaças, em coacções, em “visitas de cortesia” e acções de
vandalismo por parte de uma guarda
pretoriana de cadastrados e marginais acantonada a norte do país, na
ribeira da Invicta e que tem ramificações por toda a zona metropolitana dessa cidade.
Mas
ao reiterar por várias vezes nas suas intervenções que Jorge Sousa continua a
ser para si o melhor árbitro português, que o VAR tem de melhorar e afirmar que
é preciso que os árbitros tenham coragem, revela o seu receio de confrontar os
visados – árbitro e VAR - dando como habitualmente uma no cravo e outra na ferradura. É muito desagradável ouvir Rola tecer
tal elogio, quando sabemos do histórico de prejuízos de Jorge Sousa ao Benfica
e como se constatou através das imagens televisivas e não só, pelo que fez
agora, no clássico de sábado passado, inclinando escandalosamente o campo, sempre,
sempre e de forma a que o seu grémio de coração ainda obtivesse pelo menos o
empate.
Mal
vão os árbitros quando Jorge Sousa é uma das duas únicas opções – a outra é
Artur Soares Dias – para estes clássicos entre Benfica e fcporto. E mesmo quando mudaram para outro, neste caso Fábio
Veríssimo, foi tal o chorrilho de asneiras e tão à descarada em prejuízo do
Benfica, que acabaram por colocar este desastre arbitral de quarentena,
tentando assim o Conselho de Arbitragem lavar a sua imagem que tem sido de uma
parcialidade atroz, sempre em benefício dos mesmos grémios – um que agora escorregou
com grande estrondo em sua casa e outro que já deu um trambolhão irrecuperável
há mais de um mês. Com uma política de esconde-esconde, com nomeações
desastrosas e tendenciosas e com VAR’s frequentemente incompetentes, já para
não dizer ao “serviço de forças ocultas”, Fontelas Gomes mostra muito pouca
capacidade e insuficiente competência para gerir um saco de gatos como é e
quase sempre foi o Conselho a que preside ou não tivesse este órgão federativo
quase sempre pronúncia do norte.
António
Rola, não obstante as suas qualificações como ex-árbitro e uma licenciatura (e
mestrado?) em RH, não me parece com estaleca para comentador de arbitragem.
Precisa sempre de um justificativo de traços impolutos do seu carácter para
sustentar qualquer posição ou crítica que faça, tem alguma dificuldade em se
expressar correctamente (mantesse?!? em vez de mantivesse, obtesse?!? em vez de
obtivesse, interviu?!? em vez de interveio, etc., etc., etc.) particularmente
em relação a tempos de alguns verbos e enferma também de alguns complexos
latentes relativos ao corporativismo doentio que é comum à maioria esmagadora
dos árbitros.
Também
ele, e admito claramente que é um homem de boa vontade, precisará de
substanciais melhorias na sua prestação televisiva muito particularmente na
preparação das suas apresentações arbitrais por vezes pouco consistentes e visivelmente
incoerentes, evitando abordagens sobre questões de liderança e outros temas que
não trazem mais-valias ao programa e que em determinadas circunstâncias poderão
até gerar alguma polémica, absolutamente desnecessária.
No
entanto e regressando ao cerne da questão, para mim, nota zero para a prestação
de Jorge Sousa no clássico de sábado passado.
Pergunta
do momento:
- Terão ido novamente Luís
Gonçalves e o seu chefe, à cabine de Jorge Sousa dar-lhes os parabéns por
tamanha exibição?
MAXIMUS VERMILLUS
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