Aquando da apresentação formal da candidatura de Noronha Lopes à presidência do SL
Benfica lembrei-me dos cogumelos mágicos.
Com um fácies desgastado, aparentando um envelhecimento precoce, a sua “entrada” triunfal à americana, com aquele gesticular estapafúrdio e teatral, depois daquela sequência inicial de rábulas dum quarteto frouxo e sem expressão até ao seu discurso pífio e populista, aconteceu uma encenação que mais parecia um espectáculo pimba de feira. Só faltaram as majorettes em fio dental, de bota vermelha de cano alto e aventalinho com águia bordada a tapar as partes fodengas, com as maminhas a dar a dar e a cantar “O Benfica somos nós!”. Cá fora, para quem não pôde entrar por alegados motivos de segurança, todo aquele folclore bem poderia ter sido mais animado contratando a turma dos tocadores de bombos de Coito do Meio e seus gigantones, anões e cabeçudos. O SL Benfica não é nem nunca foi nada daquilo - um palco onde desfilaram três patetas, um palerma que pensa à esquerda e vive aburguesadamente à direita e uma senhora de xaile pelos ombros que para mim foi uma total decepção.
Aclamado pela populaça habitual destas ocasiões – a tal que inadvertidamente pode ter eventualmente consumido os fungos alucinogénios - uma turba previamente amestrada e manipulada, predisposta a abocanhar qualquer bocado que caia da mesa de uma putativa presidência, nem que sejam uns bilhetes ou umas borlas para ver o Glorioso jogar fora com os Unidos de Lobelhe, Noronha mostrou logo ali de uma forma cabal ao que vem e com uma carga eléctrica virtual que mais se parecia com a voltagem máxima produzida pelas turbinas da barragem de Castelo do Bode.
O candidato quis que aquele momento desencadeasse uma onda imparável que o pudesse conduzir à liderança de uma campanha que derrotasse imediatamente qualquer concorrência já conhecida ou em vias de surgir. Mas uma coisa é querer outra é poder. E para isto acontecer, além do poderio financeiro, é absolutamente necessário ter algo que poucos têm – carisma e postura de líder!
Não o conseguiu no passado com a roulotte das bifanas, nem o conseguiu naquele fim de tarde com todo aquele espectáculo artificial e decepcionante, após ter feito juras em 2021, quando foi claramente derrotado nas eleições de então, de que não mais se candidataria à presidência do SL Benfica.
Desde que NL anunciou a sua recandidatura é bem patente o apoio de muitos meios mediáticos, inclusive algumas TV’s interessadas na desestabilização do SL Benfica sendo sempre convidado/requisitado para ripostar a tudo o que a actual Direcção do SL Benfica e seu Presidente proponham.
Mas muito pior do que tudo isto, foi, passado muito pouco tempo da sofrível apresentação, a sua prestação no programa da noite da CMTV. Uma profunda desilusão. Muito pouca desenvoltura no discurso, sem fluidez e nenhum poder persuasivo, em que aí sim, propôs aos Benfiquistas “uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma” - uma frase textual que retive de um gancho directo aos queixos do seu opositor de pêso, o actual presidente Rui Costa que na volta do correio o atirou às cordas com uma proposta irrecusável a todo o Mundo Benfiquista. Em suma, até ao presente, NL é um visível fiasco, com responsabilidades repartidas pela equipa de apoio de marketing e publicidade na promoção da sua candidatura, que tem optado por uma campanha trauliteira, pela negativa, num fogo cerrado, atirando a tudo o que mexa nos procedimentos e acções da direcção actual do Glorioso. Um erro crasso de NL que vai reduzindo o tempo do seu estado de graça e lhe irá custar muitos e muitos euros sem o retorno que toda a sua entourage avidamente deseja e quer, persuadindo somente os habituais insurrectos das assembleias gerais, a escumalha dos rebusca-pés, dos petardos e das fumaças, e alguns oportunistas de ocasião.
Depois de recorrentemente se referir à pressuposta má gestão da actual direcção do SLB, foi confrontado com uma situação inesperada – a apresentação de um projecto liderado por Rui Costa, actual presidente do SLB, o Benfica District. A tal proposta irrecusável que referi anteriormente. Um golaço marcado por Rui Costa sem hipóteses de defesa.
NL ao ser confrontado com tamanho desafio reagiu o pior possível, esperneando, vociferando em tons difamatórios impróprios de um candidato urbano à presidência do SL Benfica.
Para o peditório de NL já demos!
Finito!
MAXIMUS VERMILLUS
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