Primeiro Mundial de Clubes FIFA.
Com esta nova competição, a sobrecarga de jogos anuais atinge a saturação total, não só para os clubes intervenientes e respectivos jogadores mas também para os adeptos do futebol.
O planeamento adequado da época seguinte para esses clubes reveste-se de enormes dificuldades a todos os níveis, mas para a FIFA o que interessa é que os seus cofres se encham significativamente de milhões e milhões de dólares.
Esta é uma conclusão e uma realidade que não poderão ser escamoteadas.
Em contrapartida, o convite endereçado ao Sport Lisboa e Benfica foi acima de tudo honroso e o reconhecimento, pela máxima entidade do futebol mundial, de que é um dos clubes mais considerados e gloriosos do Velho Continente. Ninguém, por mais que queira apagar a memória de Eusébio, do Grande Benfica de 60 e daquele que atingiu tantas e tantas finais europeias, conseguirá fazê-lo e refiro-me particularmente à quantidade de canalhas que hoje deambulam pela CS indígena que não têm feito outra coisa senão apoucar, achincalhar, denegrir uma Instituição, talvez a maior a nível nacional e por consequência tentar apagar a visibilidade, importância e rentabilidade que o torneio proporciona.
A projecção que tem sido dada à competição por parte dessa fauna mediática indígena, composta essencialmente por pipas, camelos, pyntellos, borracholas, queirozes, machimbombos, múmias, pinotes, peçonhas, bernardecos e demais corja jornalística rastejante tem sido bastante limitada, apesar de na competição participarem, não um, mas dois clubes portugueses com um grande historial europeu. Como a infestação batráquia na CS é uma verdadeira praga, o que lhes interessa é falar e escrever sobre novelas suecas inventando todo o tipo de mentiras, especulações, insinuações e discussões estéreis para entreter uma audiência cada vez mais restrita a um conjunto de papalvos da cor-do-ranho e pijama às riscas verdes e brancas, vulgo lagartêdo, que ainda vai comprando a pasquinagem, sustentando assim esta fauna sem escrúpulos.
Mas regressando ao tema de fundo, nunca será demais referi-lo, que a FIFA através da realização do 1º Mundial de Clubes nos E.U.A., quis divulgar e publicitar a modalidade numa dimensão única, num dos mercados mais ricos e importantes do planeta. A criação de um troféu esteticamente belo e soberbo e de prémios monetários aliciantes veio despertar ainda mais o interesse de todos os clubes convidados, sobretudo aqueles que hoje são dominantes pelo seu poderio financeiro, com destaque, obviamente, para os grandes clubes europeus.
O sorteio definiu datas para os respectivos participantes agrupando as equipas em quartetos numa primeira fase, tornando ainda mais intensa a competitividade pelo apuramento para a fase seguinte, pautada por eliminatórias a uma mão, até à final por tantos desejada. Quer queiramos, quer não, o vencedor será o 1º Campeão Mundial da modalidade.
Por tudo isto haverá da parte dos clubes intervenientes interesse em que nada seja descurado no sentido de poderem vir a obter o tão almejado troféu.
E a verdadeira história deste torneio começa com vários desafios pouco mediáticos até que se chega ao primeiro que despertou expectativas superiores por parte da CS em geral e um interesse incomum pelos meios televisivos e radiofónicos – o jogo entre os argentinos do Boca Juniors e os portugueses do Sport Lisboa e Benfica. De notar a presença do líder máximo da FIFA, Gianni Infantino, ladeado pelos presidentes do Benfica e do Boca respectivamente Rui Costa e Juan Riquelme. Tudo se conjugaria para, acima de tudo, termos uma bela propaganda da modalidade. Mas não. O jogo foi uma decepção total, com os argentinos a transformarem um jogo de futebol numa sessão de luta-livre, má criação, anti-desportivismo e violência gratuita. Mas o maior problema que existiu neste triste espectáculo foi sem dúvida nenhuma o árbitro nomeado – o mexicano César Ramos. Desgraçadamente sem pulso, autoridade e competências para dirigir um desafio destas características. A conclusão depois de terminada a contenda – contenda, digo bem – foi a de que César Ramos foi conivente com a violência e mau comportamento dos argentinos, ROUBOU o SL Benfica num penalty descarado em que Pavlidis foi autenticamente ceifado por um arruaceiro de nome Figal, posteriormente expulso por conduta violenta e esqueceu-se de prolongar o tempo de jogo, pois na 2ª parte, mais de dois terços do tempo efectivo de jogo foi passado com simulações e palhaçadas contínuas da maior parte dos jogadores argentinos espolinhando-se no relvado ou discutindo a torto e a direito com tudo e com todos. Um bando de insurrectos, autênticos rufiões dos bairros da lata e dos lupanares de Buenos Aires.
Não sei se a FIFA, de uma forma tácita ou subliminar está interessada em que esta corja futeboleira da América Latina, a sul, continue no torneio devido às audiências que pode proporcionar in loco ou através dos canais televisivos que pagam fortunas inimagináveis pelas transmissões, mas que os indícios de 2ª feira deixaram esta questão no ar, ai isso deixaram…
Não tenho acompanhado os jogos que já decorreram, mas ontem, acabei por visionar a 2ª parte do jogo entre o Real Madrid e o Al Hilal da Arábia Saudita, uma equipa essencialmente composta por craques oriundos da nossa Europa e que como sabemos têm sido pagos a peso de ouro para jogar nessas paragens mas pouco apelativas em termos futebolísticos e no geral desportivos. Calor extremo, areais sem fim e desertos com corridas de camelos não serão com certeza muito interessantes, mas mesmo assim os dólares petrolíferos falam sempre mais alto.
Regressando ao jogo, vi a equipa saudita a jogar taco-a-taco e mesmo com a audácia de causar alguns estragos ao colosso madrileno e com um final no mínimo curioso aos 90'+2', marcado por um penalty indiscutível quanto desnecessário, mas que por ironias do destino foi defendido pelo guarda-redes marroquino do Al Hilal conservando assim o empate muito pouco conveniente para o Real Madrid. Mas o que me chocou foi o tempo adicional dado pelo 4º árbitro, que foi o mesmo que reduziu escandalosamente o tempo de jogo no Boca-Benfica. César Ramos lá estava a levantar a placa com 7 minutos de compensação, com o próprio árbitro, um argentino (mais um) de nome Facundo Tello, ex-futebolista amador, a compôr o ramalhete no sentido de dar oportunidade aos espanhóis de obterem a vitória, acrescentando mais dois minutos, perfazendo o tempo de 9’ e com um pontapé de canto a favor dos mesmos por demora do guarda-redes dos árabes em repôr a bola em campo.
Uma palhaçada ou algo mais intrigante que todos nós já vamos compreendendo.
Que interessa à FIFA que o Al Hilal avance na competição versus um recinto repleto de adeptos madridistas e uma audiência de milhões de espanhóis, quer em Espanha e na própria América Latina e em todo o continente americano hispânico de norte a sul?
Que interesse tem a FIFA de colocar o Benfica à frente de um bando de arruaceiros da Argentina que dispunha de uma claque incomensurável superior à dos Benfiquistas?
E que dizer das audiências televisivas e radiofónicas num país de quase 50 milhões de almas e de todos aqueles que estão espalhados pelas Américas que são incomparavelmente superiores em número aos pouquíssimos milhões do reduzido país do extremo ocidente europeu, mesmo incluindo a nossa diáspora?
Por tudo isto, o que ressalta à evidência é que a FIFA dispõe não só de árbitros como também de um conjunto de marionetas que manipula como bem quer e bem lhe apetece. Tal como acontece na UEFA, os interesses estão bem patentes na forma como se conduzem os jogos, muitas das vezes com um só objectivo – escolher, nomear, quem lhes pode oferecer as melhores receitas.
Assim, nada de ilusões quanto à participação do SL Benfica, mesmo que tivesse a melhor equipa e os melhores jogadores do mundo.
MAXIMUS VERMILLUS