No
hebdomadário da minha santa terrinha, uma folha A3 dobrada ao meio com as respectivas
quatro páginas bem preenchidas e sem publicidade, cuja política editorial
determina que os artigos de opinião sejam sempre sujeitos ao contraditório da
praxe, o que convenhamos, dão azo a polémicas prolíferas que se prolongam no
tempo, mantendo os indefectíveis leitores dessa simples publicação em curiosas
e por vezes cómicas guerras de alecrim e manjerona
atendendo à sua reduzida dimensão mediática, mas que por ser de distribuição
gratuita é acessível a todos os cidadãos locais, a outros de algumas redondezas
e aos saudosos da Diáspora. Uma publicação que não tem preço mas de
incalculável valor didáctico e não só.
No
entanto, a elevação e a urbanidade são sempre uma constante nessas pelejas
dialécticas pois a leitura por parte de qualquer boçal até ao mais bem formado
intelectual da nossa pequena praça assim o obriga, atingindo ainda um ponto mais
interessante que é o aperfeiçoamento da retórica quando a presença física dos
contendores surge à mesa de um café ou num parque tranquilo sem que uns falem
mais alto que os outros, mantendo a cordialidade, o bom senso e a elevação que
um intercâmbio de ideias pode e deve sempre gerar.
Esta
introdução que já vai longa, vem a propósito de mais um artigo de opinião, uma
autêntica obra de arte de como manter uma ocorrência ao sabor do vento - “É INDIGNO BATER NUM HOMEM QUE JÁ ESTÁ CAÍDO”
- elaborado a quente pelo inefável sr. Jorge Pessoa & Silva, jornalista, coordenador editorial, comentador
e pivot A BOLA/A BOLA TV, palestrante motivacional?!?, comunicador (à sua
maneira sui generis), public relations?!? e perante o qual tenho a obrigação,
por ser um Benfiquista Bi-Campeão Europeu, de não transigir com posições dúbias
em relação a factos e suas consequências através de artigos diáfanos em que
para agradar a gregos e a troianos dá uma
no cravo e outra na ferradura.
Sr. J. Pessoa & Silva
A questão que está subjacente ao título do seu
artigo não se confina simplesmente ao pisão criminoso que revelou a natureza
escabrosa de muito ser humano e em que V. Exa. se baseou para escrever mais um
artigo demagógico que tem tanto de subreptício como de tendencioso.
Ler nas entrelinhas é fundamental para entender um
jornalista tão traquejado em andanças diversas que vão de vantagens de
circunstância até às convicções clubísticas encapotadas e que com as suas
acrobacias e malabarismos circenses de anos e anos na arte, tenta influenciar a
opinião pública e o pagode ignaro de uma forma súbtil, omitindo algumas
realidades por conveniência que para os mais atentos não colhem.
Quando
acabei de ler o seu paupérrimo artigo no blogue “Eternamente Benfica” que o seu
autor, não sei porque motivos publicou, tive um desabafo que se traduz por três
palavras apenas ligadas por dois hífens. Não, não é o que o V. Exa. poderá
estar a deduzir. É simplesmente a palavra “sempre-em-pé”.
À
minha frente tenho um desses dispositivos que desafia as leis da Física mas que
as demonstra e que me faz lembrar sempre V. Exa.
Sorrio
perante o objecto e também, perante o seu “esquisso opinativo”, incompleto,
repito, por conveniência.
Quero
dizer-lhe que a sua obrigação moral como católico, apostólico, romano, conforme
V. Exa. gosta de se intitular, seria completar esse seu artigo de opinião
denunciando as consequências do escabroso acto de dois jogadores do seu… - ia dizer
do seu clube de coração, mas contive-me dada a sua “isenção” demonstrada não só
nos seus artigos, alguns hilariantes, como nos temas que traz à ribalta nas
suas tendenciosas rubricas televisivas onde até já apareceu o famigerado
irracional de apelido “Estava-a-Pedi-las”.
As
consequências foram, de uma forma simples e directa, a DERROTA do Sport Lisboa
e Benfica e o ROUBO ainda à luz do dia e de uma forma pérfida, insidiosa e
torpe de uma Taça que hoje deveria estar em exposição nas vitrinas do Museu
Cosme Damião.
E a consequência
principal directa foi que o SL Benfica perdeu o jogo ao minuto 94’!
O
VAR - já nem dando relevância aos seus acólitos também cúmplices numa
mascambilha de que não há memória de outra igual - a quem V. Exa. com um
desplante incrível, canta loas e glorifica, elogiando-o como “o nosso melhor VAR e um dos mais
conceituados a nível europeu”, o fiscal-de-linha Pedro Mota e Luís Godinho, conhecido
na sua terra pelo Lagarto de Borba, escamotearam
miseravelmente uma Taça de Portugal ao Benfica. E V. Exa. ainda segue com a
ladaínha de que o sr. Tiago Martins deveria querer falar. Falar o quê e para
quê, se tem falado em forma de apito ao longo de épocas e épocas a prejudicar o
Benfica e a beneficar outrem que V. Exa. sabe bem que é, com um cadastro
tenebroso e que ainda no ano passado arredou o Benfica de outra final com a
invalidação de um golo limpíssimo a Di Maria à qual Fábio Veríssimo de imediato
aderiu? Olha que dois, senão três, pois V. Exa. é conivente com todo este tipo
de atropelos com os encómios que ridiculamente faz ao árbitro que ocultou ao
seu colega de campo o frame do
desarme correcto de Carreras a Trincão e que deu origem à jogada do 2º golo do
SL Benfica, escandalosamente anulado, e vislumbrou uma moeda de 5 cêntimos num
relvado imenso que segundo a lenda lhe provocou um hematoma no peito mas que
não viu um pisão criminoso que até os astronautas da Estação Espacial
Internacional viram!
Será
que perante ocorrências tão falseadas e desvirtuadas, o sr. Jorge Pessoa &
Silva não se arrepende dos seus absurdos?
O
seu lirismo e as suas suposições, mesmo especulando, deveriam fazer parte do
anedotário nacional. Ou então V.Exa. frequenta um oráculo que lhe prevê o futuro
com alternativas a factos passados ou mesmo ao presente.
E
se?... E se?... E se?
Não, V. Exa. não pode entrar nesse campo condicional sob pena de desvirtuar a
realidade e os factos.
Sabe
lá V. Exa. o que faria o Benfica se tivesse vencido o desafio e ganho o
troféu em causa?
Porquê
entrar no campo da especulação?
Garanto-lhe
que isso não faz de si um profissional credível, já para não enveredarmos pelo campo da boa ou má fé!
E
para terminar, que a catilinária já vai longa, dir-lhe-ei que mais uma vez, V.
Exa. toma a nuvem por Juno. Considero uma situação viciante e recorrente muito
desagradável (é por isso que não dou um cêntimo que seja para A BOLA). Confunde
INDIGNAÇÃO e INJUSTIÇA com IRRACIONALIDADE E DESPROPÓSITO.
Rui
Costa actuou em conformidade. Sentiu-se ultrajado como TODOS os Benfiquistas de
bem! Representou-os publicamente denunciando aquilo que foi um grave atentado à Verdade Desportiva! E lá diz o ditado, quais citações de que V. Exa. tanto gosta – “Quem não se sente,
não é filho de boa Gente”!
É
que o Sport Lisboa e Benfica a partir do momento em que é constantemente
ASSALTADO, VILIPENDIDADO, ACHINCALHADO tem todo o direito de se insurgir contra
toda uma bandalheira a que V. Exa. e a maioria dos seus compagnons de route de A BOLA têm dado cobertura por omissão.
V.
Exa. fá-lo frequentemente e mais uma vez o digo, sob o manto diáfano de artigos
viciados e muitas vezes com omissões cirúrgicas para enganar incautos.
Para
terminar, não vou deixar cair essa rábula de comediante na qual faz referência
ao Di Maria. Quero dizer-lhe que vale mais uma cotovelada à falsa fé do
Slimani no pescoço do Samaris do que uma festinha do argentino num execrável
penico em tempo de desmame.
Sr.
JP&S, o senhor não tem mesmo emenda!
Saudações
Gloriosas e longa vida para assistir às nossas Vitórias!
MAXIMUS
VERMILLUS
Nota
Caro
Sr. Jorge Pessoa & Silva
Recebi
no dia 27 do corrente mês na minha caixa de comentários deste Blogue – “Comando
1904”, três missivas, que gostaria de confirmar a autenticidade da sua autoria,
pois duas estão subscritas com o seu nome e uma dirigida a “Grão Vasco”.
Assino
com outro pseudónimo – “Maximus Vermillus”, mas fez bem em dedicar a missiva ao
meu Caro Grão Vasco.
Se
efectivamente foi V. Exa. que mas enviou, especialmente a primeira sob o meu
post a si dirigido com o título “A CARTA QUE EU LI DIRIGIDA A JORGE PESSOA E
SILVA, UM DOS GRANDES ESPERTALHÕES DE “A BOLA”, SOBRE OS SEUS ARTIGOS “FILHO DA
MÃE” E “RUI COSTA, 1 – ADEPTOS, 1”, lamento que tenha estado uma infinidade de
meses para me enviar tamanho arrazoado de justificações e permita-me o arrojo
de lhe dizer como é que V. Exa. foi capaz de mo enviar (admito que de uma forma não premeditada)
só e quando o Benfica perdeu os dois principais títulos nacionais em
disputa. Desde Setembro é obra! Guardou a resposta para agora. Ok, posso bem
com esse procedimento que como disse anteriormente, espero que não tenha sido
premeditado. Mas quando a cor e o emblema da camisola falam mais alto que a
sensatez e que deveria ser um atributo inalienável de qualquer profissional que
ocupa cargos de grande importância numa publicação ou noutra entidade, seja ela qual for, hoje por
acaso a sua, que continua a resvalar para um descrédito irreversível, é no que
dá.
Saudações
Gloriosas.